Viviane Galhardo Rodrigues, de 44 anos, afirma que a mãe, Tania Regina Ruiz, que morreu em junho de 2012 após ser internada na Santa Casa de Sorocaba (SP), foi atendida por Fernando Henrique Dardis, homem preso nesta terça-feira (24) acusado de atuar como médico sem formação e de provocar a morte de duas pacientes no mesmo hospital.
Tania, que tinha 50 anos, procurou atendimento com fortes crises de falta de ar e sofreu três paradas cardíacas durante a internação. O óbito foi registrado no dia 27 de junho de 2012. A certidão de óbito, à qual o g1 teve acesso, aponta como causa da morte uma parada cardiorrespiratória. No documento, consta como responsável pelo atestado médico o nome de Ariosvaldo Diniz Florentino — identidade falsa utilizada por Fernando.
O caso da morte de Tania está entre os 20 investigados pela Justiça relacionados à atuação de Fernando na Santa Casa entre 2011 e 2012. Apesar disso, até o momento, o Ministério Público atribuiu formalmente apenas duas dessas mortes ao acusado: a de Helena Rodrigues e Therezinha Monticelli Calvim.
Fernando foi preso após se entregar à polícia em uma delegacia de Guarulhos (SP). Além das acusações de exercício ilegal da medicina e homicídio, ele também é investigado por ter forjado a própria morte para fugir da Justiça. Ele ainda não foi julgado.
A prisão reacendeu a dor das famílias que suspeitam que seus entes queridos tenham sido vítimas do falso médico. “Ele não pode sair impune. Minha mãe merece justiça”, afirmou Viviane.