📍 São Paulo (SP) — Uma forma de pneumonia com sintomas discretos tem chamado a atenção de profissionais de saúde e pais no estado de São Paulo. Conhecida como pneumonia silenciosa, atípica ou subclínica, a infecção pode evoluir de forma grave sem apresentar os sinais clássicos, como febre alta e tosse intensa nos estágios iniciais.
Médicos alertam que sintomas como cansaço, dificuldade para se alimentar, chiado no peito, febre baixa e retração das costelas ao respirar podem indicar infecção, mesmo que a criança não apresente sinais evidentes de estar doente. A ausência de sintomas marcantes dificulta o diagnóstico precoce, aumentando o risco de complicações graves, como insuficiência respiratória e até acidente vascular cerebral (AVC).
Entre os principais agentes causadores estão bactérias como Mycoplasma sp. e Chlamydophila sp., além de alguns vírus respiratórios, incluindo o SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
Estima-se que 30% a 40% dos casos de pneumonia sejam do tipo silencioso. Segundo dados do DataSUS, o Brasil registrou em 2024 um aumento de 5% nas internações por pneumonia e um crescimento de 12% no número de mortes. No estado de São Paulo, os óbitos subiram quase 13%.
Especialistas apontam que o afastamento de crianças das escolas durante a pandemia reduziu a exposição a agentes respiratórios, o que pode ter contribuído para o aumento da vulnerabilidade ao retorno à convivência social.
Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico da pneumonia silenciosa exige avaliação clínica detalhada, ausculta pulmonar e exames complementares como raio-X do tórax e teste de PCR. O tratamento varia conforme o agente causador: antibióticos comuns não são eficazes em todos os casos.
Para prevenir, os médicos recomendam o uso de máscaras em locais fechados, higiene frequente das mãos e vacinação contra pneumonia, disponível gratuitamente pelo SUS.
Pais e responsáveis devem ficar atentos aos sinais atípicos e procurar atendimento médico imediato ao menor sinal de desconforto respiratório em crianças.