A cidade de Jundiaí foi tomada pela comoção e revolta após a decisão da Justiça de colocar em liberdade Alessandro Neves Santos Ferreira, de 24 anos, réu confesso do assassinato da jovem jundiaiense Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos. O corpo da vítima foi encontrado em uma área de mata em Ubatuba, no litoral paulista, na última sexta-feira (15).
Apesar do pedido do Ministério Público pela manutenção da prisão, o juiz responsável pelo caso entendeu não haver requisitos legais para a continuidade da detenção preventiva do acusado. A decisão gerou forte repercussão e protestos nas redes sociais.
Sarah havia sido dada como desaparecida após deixar a casa de um amigo em Ubatuba, onde estava hospedada. O registro da ocorrência foi feito pela família na Delegacia Eletrônica, o que deu início às buscas da Polícia Civil. Testemunhas apontaram Alessandro como suspeito, e, sob pressão, ele confessou o crime, levando os investigadores até o local onde ocultara o corpo.
Em depoimento, o acusado afirmou ter mantido relação sexual “consensual” com a vítima antes de matá-la. Ele também disse ter descartado o celular e as roupas da jovem em uma cachoeira. A versão, no entanto, é contestada pelos investigadores, que apuram a possibilidade de estupro coletivo e de vulnerável, já que outros homens teriam tido contato com Sarah na mesma noite.
O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caraguatatuba, onde passa por exames necroscópicos, toxicológicos e coleta de material genético, fundamentais para esclarecer se houve violência sexual. Somente após a conclusão dos procedimentos, será liberado para sepultamento em Jundiaí.
Sarah, que já havia atuado como Menor Aprendiz na Coopercica de Jundiaí, era lembrada pelos amigos como uma jovem alegre, dedicada e cheia de planos para o futuro. Sua morte provocou grande indignação na cidade e levantou novos pedidos de justiça por parte da população.
