Seis integrantes do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), sendo eles quatro candidatos titulares e dois suplentes, morreram em um intervalo de apenas 13 dias na região da Renânia do Norte-Vestfália, às vésperas das eleições locais no país. O caso tem pautado a imprensa internacional.
As autoridades locais afirmam não haver indícios de crime, e em pelo menos dois casos a causa das mortes foi classificada como natural. Ainda assim, nem todas as circunstâncias foram oficialmente divulgadas até o momento.
Entre os nomes confirmados estão Ralph Lange, de 66 anos, Wolfgang Klinger, de 71, Stefan Berendes, de 59, e Wolfgang Seitz, também de 59 anos. As demais identidades não foram publicadas. A sequência de falecimentos forçou a anulação de votos que já haviam sido enviados por correio e exigiu a reimpressão de cédulas eleitorais, provocando ajustes emergenciais no processo eleitoral.
A sucessão de óbitos abriu suspeitas e especulações entre apoiadores do partido. A líder nacional do AfD, Alice Weidel, compartilhou nas redes sociais uma publicação do economista Stefan Homburg, que considerou a concentração de casos como “estatisticamente impossível”.
Embora o AfD não lidere as pesquisas na Renânia do Norte-Vestfália, o partido apresenta crescimento acelerado. Em 2022, obteve 5,4% dos votos. Hoje, segundo levantamentos recentes, já alcança quase 20% das intenções de voto.
As eleições ocorrem em meio ao acirramento do debate sobre segurança, imigração e crise de representatividade na Alemanha, pontos centrais na agenda do partido, que integra a direita populista europeia e mantém posições críticas à União Europeia e ao governo federal alemão.
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