Com apenas 10 anos, Bryan Pereira já chama atenção dentro e fora dos gramados. Morador da Aldeia Pau-Brasil, em Aracruz (ES), e descendente do povo Tupiniquim, o jovem atleta da equipe Craques do Futuro tem mostrado que o futebol pode ser também um espaço de afirmação cultural.
Em suas partidas, Bryan costuma levar para o campo pinturas corporais tradicionais, símbolos de sua ancestralidade que representam proteção espiritual, conexão com a natureza e orgulho de suas raízes. O gesto simples se transforma em um ato de resistência e valorização da cultura indígena.
Além do talento esportivo, o garoto também já participou da Festa dos Kurumins, evento que marcou os 525 anos de resistência indígena no Brasil, fortalecendo sua identidade e reafirmando o vínculo com sua comunidade.
A trajetória de Bryan inspira pela forma como ele une esporte, representatividade e cultura, mostrando que o futebol pode ser mais do que competição: pode ser também um instrumento de preservação e orgulho da história de um povo.
