Campo Limpo perde um de seus mais icônicos personagens do comercio ambulante da cidade.

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Dificilmente um bairro em Campo Limpo Paulista não tenha recebido a visita deste simpático vendedor em suas ruas durante décadas.

O anuncio alto e seco, emanados de uma voz potente e um simples cone de “olha a ponkan”; “olha a uva”, “olha a mandioca” ou ainda “ó o milho verde”, acompanhadas das batidas do casco de seu cavalo no asfalto ou nas pedras no chão batido, que puxava a carroça com legumes e frutas vão permanecer para sempre na memória de várias gerações.

Sempre simpático e bem-humorado era chamado por muitos simplesmente de Seu Zé, ou Zé Café, ou Homem da Ponkan, que na verdade se tornou símbolo do trabalhador honesto e dedicado que sentia orgulho no que fazia.

Atento a realidade, também sempre apontava críticas ao seu modo sobre as injustiças contra o povo, mas sempre finalizava com uma mensagem de esperança como: “Mas a gente tem que fazer a nossa parte…”

Sempre consciente de que era um fornecedor de alimentos, vendia para muitos somente na confiança e na palavra e sorrindo dizia “Pode levar meu fio, depois se acerta com o Véio…” e já ia tirando os produtos da balança de mão e tacando na sacola, mas não negava a ninguém que precisava, mas não podia comprar.

Não perdia tempo, já saia caminhando e voltava ao auxílio do cone, e dali brotavam algumas frases de efeito como “Porcaria eu não vendo…” ou “Mulher bonita não paga… mais também não leva…” e continuava a batalha.

Mas o Seu Zé deixa para todos os que o conheceram, além da saudade, um legado de crença nas pessoas e no comercio da cidade. Com perseverança é possível avançar mesmo com dificuldades, mas sendo persistente, tendo coragem e simpatia, mas o principal, ser alegre e feliz com aquilo que faz.

Nossa homenagem e condolências aos familiares deste importante Cidadão e Personagem da Cidade.

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Author: admin

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