Campo Limpo Paulista, 18 de julho de 2025 — A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada nesta sexta-feira (18), está sendo monitorada em tempo real pela Casa Branca, segundo veículos da imprensa internacional e confirmação do portal Conexão Política.
Fontes ouvidas sob reserva indicam que integrantes do governo dos Estados Unidos acompanham os desdobramentos diretamente com o ex-presidente Donald Trump. O centro das atenções recai sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente nas decisões do ministro Alexandre de Moraes, que determinou buscas, apreensões e medidas restritivas contra Bolsonaro.
Entre as medidas impostas por Moraes estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana, além da proibição de contato com diplomatas, outros investigados e seu próprio filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Eduardo, por sua vez, tem liderado articulações internacionais contra o STF. De acordo com o The Washington Post, ele trabalha com aliados de Trump para que o ministro Alexandre de Moraes seja incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky — mecanismo jurídico americano que pune autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos ou corrupção.
Quatro fontes familiarizadas com as negociações disseram ao jornal norte-americano que uma minuta da ordem de sanções já foi elaborada. Duas dessas fontes afirmaram ter visto o documento, que, embora rejeitado inicialmente pelo Departamento do Tesouro dos EUA, continua sob análise.
A ofensiva, segundo aliados de Bolsonaro, também mira o procurador-geral da República, Paulo Gonet, devido ao avanço das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente e seus aliados.
A Polícia Federal ainda não divulgou detalhes oficiais sobre a operação desta sexta-feira, mas as repercussões já atingem o cenário diplomático e jurídico internacional.