O governo federal decidiu suspender a compra de livros didáticos do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para o ano letivo de 2025. A medida, anunciada pelo Ministério da Educação (MEC), causou forte repercussão entre educadores, editoras e especialistas em políticas públicas de ensino.
Segundo o MEC, a decisão foi tomada devido à limitação orçamentária e à necessidade de priorizar outras ações dentro do planejamento do governo. A suspensão afeta diretamente a distribuição de novos materiais para os anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o que representa impacto sobre milhões de estudantes da rede pública.
As escolas continuarão utilizando os livros adquiridos em ciclos anteriores. No entanto, especialistas alertam que a reutilização excessiva pode comprometer a qualidade do aprendizado, especialmente em conteúdos que demandam atualização frequente, como Ciências, Geografia e História.
Entidades do setor editorial criticaram duramente a medida, argumentando que a interrupção prejudica o mercado editorial, a geração de empregos e o direito dos alunos ao acesso a materiais atualizados e de qualidade.
Em resposta às críticas, o governo afirmou que busca soluções para retomar os investimentos em livros didáticos e que novas decisões poderão ser anunciadas nos próximos meses, conforme a revisão do orçamento.
A suspensão da compra de livros reacende o debate sobre os desafios do financiamento da educação pública no país e a importância de políticas contínuas para garantir acesso universal ao conhecimento.
