Justiça de SP concede prisão domiciliar a homem com histórico de sequestro seguido de morte

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A Justiça de São Paulo concedeu prisão domiciliar a um preso de alta periculosidade. Condenado a 24 anos de prisão, o homem foi beneficiado por estar no grupo de risco para Covid-19.

O criminoso trata-se de Isaque Fernando Silva Soares, de 28 anos, preso em 2019 e condenado a 24 anos de prisão por extorsão mediante sequestro seguido de morte.

A decisão, de fato, foi assinada pela desembargadora Angélica de Almeida, do Tribunal de Justiça, que deixou de lado o histórico do preso.

Nesse sentido, vale salientar que na condenação em primeira instância foi ressaltado que Isaque não poderia recorrer em liberdade.

A medida à época foi tomada dada a crueldade do crime. Isaque e mais 6 criminosos sequestraram Vilma Rodrigues Ribeiro, em abril de 2016, e pediram R$ 500 mil de resgate.

Após ser mantida em cativeiro e ameaçada constantemente por 2 dias, a mulher acabou sendo enforcada e enterrada na chácara onde era mantida presa.

No entanto, mesmo diante de sua morte, os sequestradores permaneceram cobrando o pagamento junto aos familiares de Vilma.

Com isso, a Justiça autorizou a interceptação telefônica. Dessa forma, a polícia chegou aos bandidos, que foram capturados e, depois, condenados.

Mais de 3 mil presos foram beneficiados da mesma forma em São Paulo

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Restivo é secretário de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.

O caso do benefício de prisão domiciliar dado a Isaque pode chocar, mas trata-se de uma prática comum no estado de São Paulo em meio a pandemia de Covid-19.

Ao todo, mais de 3.100 presos foram beneficiados no estado pela Justiça por estarem dentro do grupo de risco para o vírus.

De acordo com Nivaldo Restivo, secretário de Administração Penitenciária do Estado, essa decisão foi tomada ainda em março, antes da quarentena vigorar.

Restivo ainda informou que nenhum desses presos teve tornozeleira eletrônica colocada para monitorá-los. Fato que traz ainda mais risco a sociedade.

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