Nesta quinta-feira (23) o Ministério Público de SP (MP) denunciou o ex-governador do estado Geraldo Alckmin por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O valor em questão seria cerca de R$ 10 milhões recebidos da Odebrecht em doações não contabilizadas.
De acordo com a denúncia, o político recebeu da empreiteira R$ 2 milhões nas eleições estaduais de 2010 e R$ 9,3 milhões na disputa da reeleição, 4 anos depois.
Segundo o MP, em 2010 foi o cunhado de Alckimin, Adhemar César Ribeiro, que recebeu os valores por seu escritório.
Já em 2014 a quantia foi repassada ao então tesoureiro da campanha do político, Marcos Antônio Monteiro, por meio de 11 repasses.
Como as doações não foram registradas nas prestações de conta de Alckmin, acabam configurando falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva, segundo o MP.
O órgão afirma também que os pagamentos foram feitos por meios ilegais, a fim de manter a influência da empreiteira no governo do estado de São Paulo.
A Odebrecht não poderia ter feito doações também por controlar a concessionária que administra a Rodovia Dom Pedro I.
Além disso, a empreiteira havia participado do consórcio para construção da linha 6-Laranja do Metrô.