A oposição no Congresso Nacional conseguiu reunir 41 assinaturas para protocolar um novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento ocorre logo após a decisão de Moraes de decretar prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, intensificando o embate entre poderes e gerando forte reação de parlamentares e apoiadores do ex-chefe do Executivo.
A última assinatura, que viabilizou o avanço do pedido, foi do senador Laércio Oliveira (PP-SE). Com o número mínimo necessário de senadores para a apresentação formal do pedido, a pressão agora recai sobre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem o poder de decidir se o processo terá andamento ou se será arquivado, como aconteceu com todos os outros pedidos anteriores apresentados desde 2019 contra ministros do STF.
Até o momento, nenhuma solicitação de impeachment contra magistrados da Suprema Corte prosperou no Senado. A oposição acusa o Legislativo e o Ministério Público de se omitir diante de supostos abusos cometidos por integrantes do Judiciário, enquanto aliados do governo e juristas apontam que os pedidos têm motivação política e não se sustentam legalmente.
A decisão de Moraes contra Bolsonaro, vista por opositores como uma escalada autoritária, mobilizou a base bolsonarista e reacendeu o debate sobre os limites da atuação do STF. Diversos parlamentares e movimentos conservadores nas redes sociais convocaram protestos e iniciaram campanhas de pressão popular para que Alcolumbre aceite o pedido e dê início ao processo.