A Polícia Militar de São Paulo prepara uma transformação histórica em sua atuação nas ruas com a integração de tecnologias de ponta às câmeras corporais dos agentes. Até 2026, os equipamentos passarão a contar com reconhecimento facial e leitura automática de placas de veículos, recursos que prometem ampliar significativamente a eficácia nas ações de segurança pública.
A iniciativa faz parte do programa Muralha Paulista, que conta com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado. De acordo com o chefe de operações de imagens da PM, a expectativa é de que até o fim deste ano o número de câmeras em uso aumente de 8 mil para 12 mil, já equipadas com as novas funcionalidades ou preparadas para recebê-las.
O reconhecimento facial permitirá identificar rapidamente pessoas foragidas da Justiça, com mandados de prisão em aberto ou portando documentos falsos. Já a leitura de placas veiculares deve agilizar a localização de carros roubados, furtados ou vinculados a investigações criminais.
Especialistas em segurança apontam que o uso de tecnologias integradas no policiamento pode ser decisivo para combater a impunidade no Brasil, que atualmente registra mais de 300 mil mandados de prisão em aberto. Casos de sucesso, como o do sistema Smart Sampa, em funcionamento na capital paulista, já demonstraram o potencial da tecnologia para revolucionar a segurança pública.
Segundo a PM, os dados captados pelas câmeras continuarão respeitando protocolos de privacidade e uso controlado, com foco na prevenção e repressão ao crime. A corporação afirma que a modernização tem como objetivo não apenas aumentar a capacidade de resposta, mas também garantir mais segurança para os policiais e para a população.
Com a expansão tecnológica, São Paulo se posiciona na vanguarda do uso de inteligência artificial no policiamento, em um movimento que pode influenciar outras corporações no país.