O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou, em coletiva de impresa, nesta sexta-feira (27/6), a decisão da Suprema Corte do país que limitou a capacidade dos juízes federais de suspenderem temporariamente as ordens executivas do presidente e o autorizou a barrar o direito de cidadania por nascença.
Trump afirmou que a Suprema Corte entregou uma vitória “monumental” para a Constituição: a separação de poderes e o Estado de direito ao derrubar o uso excessivo de liminares de alcance nacional para interferir no funcionamento normal do Poder Executivo. “Realmente, tem sido um período incrível, esta última hora. Há pessoas eufóricas por todo o país. Vi uma felicidade de espírito, que, às vezes, não se vê, mas este caso é muito importante”, ressaltou.
O presidente dos EUA acrescentou que foi eleito com um “mandato histórico, mas, nos últimos meses, vimos um punhado de juízes da esquerda radical tentar, efetivamente, anular os poderes legítimos do presidente, para impedir que o povo receba as políticas pelas quais votou em números recordes”.
“Foi uma ameaça grave à democracia, francamente. E, em vez de se limitarem a julgar os casos imediatos diante deles, esses juízes tentaram ditar a lei para toda a nação. Na prática, isso significava que, se qualquer um dos quase 700 juízes federais discordasse da política de um presidente dos Estados Unidos devidamente eleito, ele ou ela poderia bloquear essa política ou, pelo menos, atrasá-la por muitos anos, prendendo-a no sistema judiciário”, afirmou Trump.
O presidente ressaltou que essas decisões estaduais eram um “colossal abuso de poder, algo que nunca havia ocorrido na história americana até as últimas décadas. E nós fomos atingidos com mais liminares nacionais do que foram emitidas em todo o século 2o somado. Pense nisso, mais do que em todo o século 20, comigo”.
Segundo Trump, o sistema anterior não funcionava. “Era um desastre onde alguém, de um determinado local em um estado muito liberal, ou um juiz liberal, ou um grupo de juízes liberais, podia paralisar o país inteiro por anos”.
O republicano destacou que o governo conseguiu reverter muitas dessas decisões, mas levava muito tempo para fazê-lo, e “nós precisamos agir rapidamente quando se trata de imigração ilegal. Temos assassinos, criminosos, traficantes de drogas. O que foi permitido entrar em nosso país jamais deveria ser esquecido. Nunca deve ser esquecido o que fizeram com o nosso país”, destaca.
Cidadania por direito de nascença
Ainda nessa sexta-feira, a Suprema Corte permitiu que Trump acabe com a cidadania por direito de nascença em algumas partes do país, mesmo com contestações legais à constitucionalidade da medida avançando em outras regiões. A decisão teve o placar de 6 a 3.