Analistas apontam que fenômeno causará danos à economia norte-americana e prejudicará o crescimento do país
Pela manhã, no condado de Charleston, todos foram obrigados a sair das estradas e o Aeroporto Internacional de Charleston foi fechado por causa dos ventos fortes. Kelsey Barlow, porta-voz do condado de Charleston, que abriga mais de 400 mil moradores, disse que o condado tem dois abrigos abertos e um terceiro de prontidão. Charleston está particularmente em risco. Um relatório encomendado pela cidade divulgado em novembro de 2020 mostrou que cerca de 90% de todas as propriedades residenciais são vulneráveis a inundações. Partes do nordeste da Carolina do Sul, perto de Charleston, também podem experimentar até 20 centímetros de chuva.
O Furacão Ian custará bilhões à economia, segundo analistas. Gerando um prejuízo de até 47 bilhões de dólares e afetará o crescimento dos Estados Unidos, segundo as primeiras estimativas. Segundo a consultora especializada CoreLogic, os prejuízos provocados pelos ventos a propriedades residenciais e comerciais alcançarão entre 22 e 32 bilhões de dólares para as seguradoras, enquanto as perdas por inundações poderão alcançar entre 6 e 15 bilhões. “É a tempestade mais cara a atingir a Flórida desde que o furacão Andrew atingiu a costa em 1992. Um número recorde de casas e propriedades foram perdidas pelas características intensas e destrutivas do furacão Ian”, disse a CoreLogic em comunicado divulgado quinta-feira.
Essas primeiras estimativas não levam em consideração as propriedades que não possuem seguro contra enchentes. Segundo dados da consultoria Milliman enviados à AFP nesta sexta-feira, apenas 18,5% das casas nos condados sob ordem de evacuação têm seguro com o órgão público responsável por fornecer essa cobertura. Com os cortes de energia, cancelamentos de voos e danos à produção agrícola, Ian também interromperá significativamente a atividade econômica no estado por pelo menos 10 dias. O impacto no PIB dos EUA deve ser de 0,3 ponto percentual, estimou Gregory Daco, economista da EY-Parthenon.
Fonte: Jovem Pan