Morreu nesta segunda-feira (11), aos 39 anos, o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, pré-candidato da direita à presidência nas eleições de 2026. Ele estava internado em estado crítico desde 7 de junho, quando foi baleado na cabeça durante um ato de campanha em Bogotá.
Uribe, advogado e membro do partido de oposição Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, era considerado um dos favoritos na corrida presidencial. Apesar do sobrenome em comum, não tinha parentesco com o ex-chefe de Estado.
O ataque ocorreu enquanto ele discursava em um evento de rua na capital. Segundo as autoridades, o parlamentar foi atingido por três disparos — dois na cabeça e um na coxa esquerda. O principal acusado é um adolescente de 15 anos, apreendido no local com uma arma de fogo. O governo colombiano afirma que ele não teria agido sozinho e ofereceu recompensa de mais de US$ 70 mil por informações que levem aos demais envolvidos.
Nascido em Bogotá em 1986, Miguel Uribe Turbay era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta pelo Cartel de Medellín em 1991, quando ele tinha apenas cinco anos. Criado pelo pai e pela avó, construiu carreira política desde os 26 anos, quando foi eleito vereador da capital pelo Partido Liberal Colombiano.
Entre 2016 e 2019, foi secretário de Governo de Bogotá, indicado pelo então prefeito Enrique Peñalosa. Em 2018, recebeu da organização internacional One Young World o título de um dos dez jovens políticos mais influentes do mundo.
Em 2019, disputou a prefeitura de Bogotá pelo movimento independente “Avancemos”, mas não foi eleito. No Senado desde 2022, foi o candidato mais votado do país, com 226.922 votos. Após o atentado, Uribe foi levado à Fundação Santa Fé de Bogotá, onde passou por cirurgia neurológica e vascular. Apesar dos esforços médicos, não resistiu.
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